O Estadista e o tirano

Rodrigo Peñaloza
2 min readNov 22, 2023

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A maior virtude da Democracia é a pluralidade de ideias, uma pluralidade que reflita a pluralidade política dos cidadãos, justamente pelo fato de a pluralidade política ser o resultado elementar e óbvio de um direito que nos custou muito sangue conquistar: a Liberdade de Consciência. É o desrespeito a esse direito natural básico que motiva o tirano a colocar o partido acima de todos, acima até mesmo do próprio país. O ideal de um grande Estadista é que seu partido seja alçado ao poder com maioria de votos nas esferas do Executivo e do Legislativo, mas o Estadista realmente sábio e democrata, um que mereça verdadeiramente a alcunha de Estadista e não de tirano, alegra-se com a falta do poder absoluto, pois é ciente de que a natureza humana é imperfeita e deve ser vigiada pela oposição, pois oposição sempre existirá, mesmo quando trancafiada nas celas da ditadura ou calada pela militância partidária. Quando um político manifesta o anseio do poder total, mostra sua face tirana e aqueles que não se insurgem contra isso revelam-se também tiranos. Não é o poder que corrompe o Homem: é o homem que corrompe o Poder.

"O ideal de um partido é que ele pudesse ganhar para presidente, 27 governadores, 81 senadores e 513 deputados sem se aliar a ninguém. Seria maravilhoso." - Luiz Inácio Lula da Silva, o Tirano, em 2015.

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Rodrigo Peñaloza
Rodrigo Peñaloza

Written by Rodrigo Peñaloza

PhD in Economics from UCLA, MSc in Mathematics from IMPA, Professor of Economics at the University of Brasilia.

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